Oi pessoal, tudo bom com vocês?
Hoje estou aqui para falar um pouquinho mais sobre o Douglas, meu colega da NRA, que vai ser um dos novos autores a lançar seu livro na Bienal do Rio.
Ele foi super gentil e respondeu todas as minhas perguntas :)
1. Bom, Douglas, como em toda entrevista, vamos começar com aquela perguntinha clássica: Quem é Douglas Marques?
Nem eu sei às vezes. HAHAHA. Mas acho que o Douglas é um rapaz de 18 anos, que vê na leitura mais do que uma válvula de escape e rota de fuga. Ele ama escrever, e sua vida sem isso não faria sentido. Ou talvez isso seja só um pouco de drama. HAHAHA.
2. De onde surgiu a ideia para Cartas de Siracusa?
Eu tinha uma ideia de dois livros. Um acerca de uma mulher que previa o Onze de Setembro e tentava avisar as autoridades, mas, por algum motivo, ninguém fazia nada para impedir o ataque. E o outro era sobre um homem que mandava cartas para pessoas que estavam prestes a morrer. Mesclei as duas ideias, coloquei uma pitada de segredos de Estado e... TCHARÃ!
3. E os personagens? Te baseias em alguém que conheces para criá-los?
Na verdade, não. Quero que meus personagens sejam originais. Só alguns nomes, que empresto. Como a própria protagonista de Cartas, que se chama Rachel, uma pequena homenagem à uma amigona chamada Maria Raquel.
4. Tens algum escritor favorito?
Todos temos! Mas me divido entre Elizabeth Gilbert, Markus Zusak, Clarice Lispector e Carl Sagan.
5. E o teu livro favorito, podes dizer para gente?
Poxa, não é só um, tem problema? A Menina que Roubava Livros, Comer Rezar Amar, Contato e A Hora da Estrela.
6. Como escritor, com o lançamento do primeiro livro chegando, como analisas o atual cenário da literatura nacional? Achas que ainda rola algum de tipo de preconceito com os autores da terra?
Ah, isso chega a ser óbvio! As pessoas tem um conceito generalizado de que só Stephenie Meyer, JK Rowling e afins prestam. Jamais valorizam o escritor tupiniquim. Mas chega a ser cômico, porque essas mesmas pessoas são revoltadíssimas com a situação do país, afirmando que "nada de bom acontece aqui". É rir para não chorar.
7. E quanto aos teus livros antigos, pretende lançá-los de forma independente ou deixar mais um tempinho na gaveta à espera de uma editora?
Quem sabe alguma editora se interesse, não é? Vamos ver o que acontece...
8. E, parece que vem uma nova trilogia por aí né? Conta um pouco sobre ela.
Na verdade é uma saga. Estou pretendendo 4 livros desta vez. É maldição, só pode. HAHAHA.
Comecei Ampulheta de Sangue há algumas semanas, e é um livro que vai lidar com viagens no tempo em duas maneiras: a psicológica e a de ação (que não pode faltar em um livro meu!).
É uma obra que tem Liz como protagonista, uma inglesa que, com a ajuda de Erik e Alicia, tem de descobrir quem está mexendo na linha espaço-temporal do Universo, e é nesse meio que infiltro a rotineira pergunta: se você tivesse escolhido tudo diferente, você ainda seria você?
9. Quais dicas tu darias para quem está começando a escrever ou que já escreve e sonha com a publicação?
Chorar é normal, querer desistir também. Mas há uma grande diferença entre um choro de tristeza por parecer que nunca vai chegar e entre querer desistir e o fazer de fato. Escrevo desde os onze anos. Aos dezessete foi minha publicação. Seis longos anos. Meus amigos sabem como foi difícil, e como eu tive de engolir muito sapo para não colocar tudo a perder.
Escrever nunca é demais, e é praticando que a arte da escrita se aprimora. Não pense que você vai escrever um livro e já merece ser publicado. Eu estou escrevendo meu sexto, e só agora as coisas começaram a dar certo!
10. Douglas, muito obrigada por ter dedicado um pouco do teu tempo para responder minhas perguntas. Agora o espaço é teu, manda um recado pro pessoal do blog.
Ah, foi um prazer gigantesco! Gostaria de mandar um super beijo para todo mundo aqui do blog, e dizer a coisa mais clichê do mundo: Não desistam dos seus sonhos. Os meus demoraram quase uma década, mas alguns podem levar vidas inteiras. O importante é, como diz a poesia, "manter a cabeça erguida e a espinha ereta".
E, claro, vale dizer: espero que gostem de Cartas de Siracusa!
Mas, se tu não vais a Bienal e queres adquirir teu exemplar é só ir aqui e comprar por um precinho super camarada. Logo, logo vou comprar o meu.
Vou ficando por aqui.
Beijos e até a próxima.